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sábado, janeiro 31, 2015

A intimidade com as objectivas

Costa Vicentina, Praia da Cordoama, o Paraíso dos surfistas
 
 
 
 
 
 
 
 
 


sexta-feira, janeiro 30, 2015

quinta-feira, janeiro 29, 2015

quarta-feira, janeiro 28, 2015

terça-feira, janeiro 27, 2015

segunda-feira, janeiro 26, 2015

domingo, janeiro 25, 2015


VIAGIO A ITALIA

Nesta viagem, os ambientes informativos que nos rodearam podem arrumar-se em três temas – o Aluvião, a Política e a renovação das propostas de Arte.
O Aluvião (“frana” nalguns casos, isto é, a água provoca brutais deslizamentos de terras que se abatem sobre povoações, soterrando-as), que atingiu Génova e teve depois várias “réplicas” noutros locais em que os dramas humanos foram muito mais violentos, centrou as atenções, mas teve o condão de trazer à ribalta os técnicos da meteorologia que explicaram como estes fenómenos se estão a desenvolver na Europa, sendo possível prever com algumas horas que vão acontecer trombas de água brutais, mas tendo em conta a constantes irregularidade das correntes atmosféricas condicionadas pela interação terra/mar, ainda não há metodologias para circunscrever com exatidão os locais e as horas em que os fenómenos acontecerão, mas por outro lado, em cidades muito populosas, em que as inundações das zonas baixas sejam inevitáveis pela impossibilidade de escoamento de caudais de água com volume superior à capacidade de escoamento das condutas (calculadas pelos valores médios de pluviosidade), e sejam zonas muito habitadas, segundo os técnicos, um alarme de evacuação em que as pessoas vão naturalmente usar os automóveis, sem uma janela de segurança horária, pode vir a originar numerosas perdas humanas, pelo que a tese ali em curso é a de que as vidas humanas são mais importantes do que as perdas materiais, e destas, trata-se depois.
Em Firenze, o último dos grandes aluviões ocorreu em 1966, e provocou perdas humanas e prejuízos materiais e culturais incalculáveis, mas também, como em tantas situações anteriores mobilizou os florentinos para a sua recuperação e para uma valorização patrimonial como forma de reacção à adversidade. Na Basílica de Santa Croce, na parede junto ao túmulo de Dante há uma marca bem visível da altura atingida pela água que o rio Arno não teve capacidade de escoar, mas também as paredes refletem o dramático efeito que a água provocou nos estuques parietais. Quando se sai da Basílica, e vemos à nossa frente uma grande escadaria custa acreditar como foi possível a água pode ter atingido uma tal cota no seu interior.
Existem muitos relatos acessíveis de aluviões ocorridos desde o século XIV que tiveram especial, e natural impacte nas pontes sobre o rio Arno, muitas delas destruídas totalmente, como é o caso mais emblemático da Ponte Vecchio, cuja história de vida foi ficando dependente dos caprichos da natureza e dos seus efeitos sobre os caudais do rio que nos momentos críticos deixam de se confinar à corrente de água para se transformarem numa massa de brutal energia com tudo o que foi sendo arrastado no seu caminho até ao mar, distante uns longos quilómetros.
Como um bom exemplo dos acontecimentos deste tipo capazes de provocar uma certa incredulidade, refiro que junto à Igreja de Alcoutim há também uma marca que demonstra a brutalidade das “forças da natureza”, e também aí parece impossível como tão “perto” da foz do Guadiana a água atingiu aquela cota com uma conduta da dimensão da largura e profundidade do rio dali até ao mar, incomensurávelmente maior do que acontece com a estreiteza do vale Florentino.
 









Na Política, discutia-se além do OE com uma significativa baixa de impostos, em que a “esquerda” dizia que a marca era de direita, e a “direita” dizia o contrário, sendo uma das novidades passar a ser possível pagar impostos entregando ao “Estado” obras de arte, metais preciosos e outros bens culturais, como por exemplo Plalazzi, e outra inovação a criação de um novo imposto sobre as slot machines. Aquela nova opção contributiva para os Italianos, tendo em conta a crise da dívida do País, talvez não venha a ter como a consequência mais provável transferir-se património entre privados (quem sabe se estrangeiros), pois a visão e a relação do Estado Italiano com o seu vasto património talvez impeça a venda daqueles bens para amortizar o défice público, o que como sabemos não ocorreria entre nós como o caso dos Miró tão bem ilustra.
Para acabar a já longa confissão, tão ilustrada quanto possível, “di questo ultimo Viagio a Italia”, faltar dizer que ela, a viagem, se prepara na intimidade dos guias da American Express, passe a publicidade, de umas voltinhas pela net para encontrar o melhor preço de hotel, com a reserva nas promoções da TAP a nove meses de distância. Concretizam-se assim viagens de liberdade, sem guiador paralelo, com pouco espaço de erro e fugindo aos erros tipográficos! Afinal, Viagem é conhecimento, no fim pudemos dizer um para o outro, como na canção de Sérgio Godinho, “e tudo o que te dei, tu me deste a mim”.
Quando “viajamos” por novos territórios, se os nossos olhos não estiverem sempre disponíveis para recortar os planos que vamos atravessando, então não fomos lá fazer nada, e portanto há sempre muitos aspectos laterais que fazem parte dos cadernos de viagem de quem tem mais apetência para observar e registar a vida próxima com a intimidade dos agregados de pessoas, e que no nosso caso fica desfocada pela atração da “obra” patrimonial, e que mesmo com muito esforço de reimplantação retroactiva de memória já não são susceptíveis de serem realinhados com o abecedário.
O resultado desses encontros visuais, é mais fácil pois de partilhar através das imagens, quando elas são suficientes para se interpretar a mensagem que transportam, e comentadas qb.

 














 Postal, edições Tinta da China

sábado, janeiro 24, 2015

FIRENZE, chao




FIM DE VIAGEM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mais uma vez resolvi não me “despedir” de Florença, não apenas porque sei que ainda temos vontade de lá voltar, embora isso não dependa só de nós, mas também porque ainda não podemos de dizer que uma Cidade está “esgotada”, muito menos Firenze e os seus sempre renovados Musei. As viagens da vida, isto é, a resultante da possibilidade nas escolhas de percursos, assenta na certeza profunda de que é humanamente impossível conhecer tudo, e por isso as escolhas dependem da convicção com que no ambiente escolhido vamos encontrar correspondência com conceitos de segurança pessoal em todas as suas vertentes, e com a forma como gostamos de enquadrar sempre o nosso dia a dia na relação com os ambientes e as pessoas.
Ambientes, em que rodando o olhar 240º, as pessoas, o rio e a margem edificada preenchem todo o pano de cena.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 




Nascer aqui, ou ali, fazer parte de um grupo ou de outro, elite ou nem por isso, parece que vai fazer cada vez mais diferença no futuro, pois já se demonstra no presente em relação a cada um dos passados. O estudo da história demonstra-nos cada vez melhor que dos centros difusores das culturas digamos mais criativas, nasceram sociedades com elevado poder, que do ponto de vista geográfico estão hoje próximas das populações com a chamada “maior quaidade de vida”, na linguagem da moda, com um PIB mais elevado.
A ideia da igualdade de oportunidade, tão querida para a esquerda política, está hoje transformada num falso axioma pois é claro que parece existir uma questão central para justificar o "poder" de alguns, enraizada na presença/carência das matérias primas mais utilizadas ou procuradas em cada época, pois é o “poder” qualquer que seja o lado pelo qual se observa que determina o percurso das carreiras das pessoas, e passada a ilusão de que as proximas gerações terão oportunidades de vida real melhor do que as que actualmente vão chegando ao fim, a centralidade cultural hoje reconhecida no centro da Europa torna alguns Países periféricos vítimas de um novo conceito de escravatura, porque dia a dia se demonstra que a cultura é um factor multiplicador da economia nas capitais europeias das elites que fazem parte da película invisível que protege a base da pirâmide invertida do exercício na definição do "poder".

Quando deixámos o Hotel Vasari, não olhei portanto para trás ou para o lado, apenas me preocupei em escolher o melhor percurso para as rodas da mala no trajecto a pé até à estação de Santa Maria Novella onde um comboio nos havia levar em cerca de duas horas até junto de um outro, o Marco Polo, que faz a ligação entre Roma Termini e o aeroporto de Fumicino.




 

sexta-feira, janeiro 23, 2015

quinta-feira, janeiro 22, 2015

NAPOLI, Imagens de rua




Na terra em que o calcio se tornou Rei, as bolas estão por todo o lado, mesmo nas sombras mais inverosímeis.

 


Entretanto, a esperança na satisfação dos apetites, está em todo o lado, mas afinal sempre presa por composições decimais.

 
 

quarta-feira, janeiro 21, 2015

FIRENZE, Imagens de rua

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 


terça-feira, janeiro 20, 2015

FIRENZE, Imagens de rua

 
 
 
 

 
 
 
 


segunda-feira, janeiro 19, 2015

domingo, janeiro 18, 2015

FIRENZE, Museo Marino Marini


Há Museus e Museus, e numa pequena Piazza de Firenze estão rasgadas as portas de um dos mais notáveis Musei de Autor que ali é possível visitar.
A um canto da Piazza S.Pancrazio, esconde-se o Museo Marino Marini.
 
 
 

Marino Marini é natural de Pistoia, onde nasceu em 1901. A sua obra tem a melhor expressão na escultura, no desenho e no design de objectos.
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 







 
 
 
 
 

 
 



Aproveitando práticamente apenas o esqueleto degradado de um antigo edifício religioso, um notável projecto de arquitectura de interiores valorizado pelo aproveitamento da luz natural preencheu um amplo espaço vazio irregular, edificando um percurso museológico envolvente de um grande acervo do escultor, e que nos prende ao silêncio do centro mais profundo na alma da artes maiores.
Para além da oferta plástica que toca todos os nossos sentidos, o espaço permite ainda apreciar uma pequena parte do edifício medieval, que no seu apogeu tinha fundações em planos muito mais profundos daqueles que hoje “percorremos” nas ruas, e foram progressivamente nivelando a Cidade.

 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

 
 
 
 
 







 
 

sábado, janeiro 17, 2015

Riscos 3D


 
II - da Série "Paestum"


sexta-feira, janeiro 16, 2015

quinta-feira, janeiro 15, 2015

FIRENZE, imagens de rua


Depois de um dia a palmilhar tanto território, quando a noite chega a Firenze, a caminheira descança e medita perante a realidade e a ficção de um tapume identitário.
 
 
 

quarta-feira, janeiro 14, 2015

FIRENZE, imagens de rua

Toda a gente anda nestes tempos, e por todo o lado, com fazedores de imagens decerto tão semelhantes, forçando sorrisos para as maquinetas e até em vez de tabletes de chocolates preferem as de plástico; alguns ainda lhes sobram uns cêntimos para alimentar os chinos que exportam pequenas máquinas de "amarração", acreditando no seu feitiço.